Os trabalhadores temporários normalmente são contratados para as épocas de alta na produção. Por isso, é natural haver um número maior de temporários em serviço quando a economia do país está aquecida. Mas, em tempos de crise, a tendência é que o temporário seja ainda mais estratégico para a tomadora de serviços.
A Fenaserhtt e o Sindeprestem estão fortemente engajados em negociar a flexibilização de alguns dispositivos legais, facilitando a contratação de temporários para situações diversas, incluindo o primeiro emprego dos jovens.
Nos períodos de crise o consumo cai e, consequentemente, a produção. O efeito dominó culmina em demissão em massa. Em dificuldade, as empresas evitam contratar funcionários para recompor o quadro. Neste caso, a contratação temporária constituiria uma alternativa viável às empresas que precisam recuperar seus níveis de produção, não fossem as restrições impostas pela já defasada Lei 6.019/74.
Em tempos de crise, o temporário pode ser ainda mais estratégico.
“O trabalho temporário atua como estabilizador econômico do emprego. Na crise o desemprego aumenta, mesmo assim há vagas. As agências sabem onde encontrá-las e têm habilidade para direcionar o trabalhador ideal para cada uma. Os jovens são mantidos no mercado de trabalho graças à atuação dessas agências, por isso são tão necessárias em qualquer circunstância econômica”.
Annemarie Muntz, presidente da Confederação Internacional das Agências Privadas de Emprego (CIETT)